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BESB


CONCURSO 24/25 - DESAFIO 3
Ser Escrito É Cool
Trabalho Selecionado do 2º Ciclo
Antártida
Fui passar férias divertidas,
Mas num sítio diferente
E tive que levar muitas roupas
Porque o destino não é nada quente.
O destino era a Antártida
e fiquei lá quatro dias.
Hospedei-me numa aldeia
e lá havia romarias.
Havia lá muita gente,
Mas já estavam habituados.
Fui na altura do Natal
Com pinheirinhos elaborados.
Fui esquiar na neve
E depois fui ver a vista
O perfume era de mel
E até vi um alpinista.
Recordo-me de uma coisa
Que ainda consigo lembrar
Houve um espetáculo de karaoke
E o meu pai foi lá cantar.
Eu adorei a viagem
E quero ir outra vez
Mas o meu pai disse:
-Vamos para Portugal e é de vez.
Dinis Lopes Castanheira, 5ºB
Escola Básica 2,3 Abel Varzim
Ser Escrito É Cool
Trabalho Selecionado do 3º Ciclo
Um Encontro Histórico!
Era um dia comum, como outro qualquer, um rapaz de doze anos estava a assistir à sua série favorita de ninjas. Então, imitou o movimento do seu personagem favorito e, sem querer, surpreendentemente, acabou por reviver Luís Vaz de Camões.
Camões estava perplexo com aquilo que via à sua frente. O menino olhou para ele e perguntou:
- Quem és tu?
- Eu?! Eu sou o poeta Luiz Vaz de Camões – respondeu - E até sou o poeta mais famoso de Portugal, até já falei com o nosso rei! - continuou Camões, gabando-se.
- Nunca ouvi falar de ti… - comentou o rapaz – E… como assim "Rei"?
- E tu quem és !?! - perguntou Camões.
- Eu chamo-me Chico Abreu, mas… não sou tão famoso!
- Em que século inventaram esse nome? Isso não é nome de um navegador!
- O que é um século? - perguntou Chico com ar curioso.
- É uma data… uma indicação de tempo… é uma coisa deste género – tentou explicar Camões.
- Aqui diz-se por ano, por exemplo, estamos no ano de 2025…
- 2025, já?!? - exclamou Camões, escandalizado.
- Sim, olha, o meu telemóvel diz que sim - pronunciou Chico.
- O que é isso, uma bruxaria? Magia do demónio? Deus me perdoe, eu não quero ir para o inferno! - suplicou Camões.
- Não te preocupes, ele não morde, é um objeto comum, como outro qualquer.
- Já andei por quase todo mundo e nunca encontrei tal coisa - disse Camões, eufórico - desde quando esse objeto miraculoso existe? No meu século XVI, nada disso existia!
- Então quer dizer que tu viajaste no tempo? - rebateu Chico.
- Vamos lá para fora para eu te mostrar mais deste mundo.
Camões, ao ver os prédios e aquelas carroças de metal a serem movimentadas sem cavalos, ficou boquiaberto. O Chico comentou:
- E isto não é nada! Existem coisas mais divertidas! O meu telemóvel tem jogos e também posso falar com a minha mãe quando eu quiser!
- Se eu tivesse isso, falaria com a minha amada - disse Camões, triste - Por falar nisso, onde está o teu escravo? - perguntou Camões.
- Pensas que estás em que século? No século XVIII ou no século XV? Em 2025 isso é crime, não se pode ter escravos.
- Como vou viver sem o meu escravo Jau?
- Não sei, mas é melhor irmos para casa, a minha mãe está quase a chegar e ela não te pode ver, ou vai chamar a polícia.
Eles entraram em casa e o Chico escondeu Camões no seu quarto, recomendando "Não saias daqui, já te trago comida".
Chico foi à cozinha, abriu a porta do frigorífico e tirou queijo, fiambre, manteiga e pão, já que não sabia o que Camões gostava de comer.
Camões, ao ver iguarias tão nobres, requintadas e caras, perguntou:
- Tu és da nobreza?
- Eu sou do povo! O presidente é quem comanda o país e os ministros são quem o ajudam a governar, já não há nobreza e essas classes sociais.
Camões pegou num pouco de tudo e meteu no pão.
E disse: Hoje vou comer um banquete, há anos que não comia uma comida tão cara. O rapaz deu-lhe o comando da televisão e disse:
- Assiste televisão enquanto eu vou tomar um banho.
- O que é televisão, e como funciona?
- Tens de clicar no botão de ligar e vês as imagens.
Depois de tomar banho, Chico foi ver como estava Camões e viu-o espantado, fixado na televisão. Camões olhou para o lado, viu-o a rir-se e perguntou:
- O que é?
- Nada, estou a pensar na rapariga de quem eu gosto! - disfarçou Chico-
- Eu também gostava de uma mulher, a Dinamene. Infelizmente ela morreu num naufrágio. Eu até lhe dediquei um poema que é assim "Alma minha gentil que te partiste…" e também falei do amor… "Amor é fogo que arde sem se ver (…) é um contentamento descontente..." Podes cantar este poema a essa rapariga de quem gostas… "É ferida que dói e não se sente…" - declamou Camões.
- Se tens tanto avanço não o desperdices, usa-o, no meu tempo era mais difícil. E, como por magia, Camões desapareceu.
Daniel Gonçalo B. Amorim e Guilherme Ferreira Silva – 7ºB
Escola Secundária de Barcelos
Ser Escrito É Cool
Trabalho Selecionado do Ensino Secundário
Acordo, agitado, com a luz do dia que se insinua pela janela, e, lentamente, inclino-me sobre a minha mesa de cabeceira, com o intuito de beber um pequeno gole de água. Surpresa é a minha, quando, ainda de olhos cerrados, não sinto um copo, mas um diminuto paralelepípedo. Intrigado, abro os olhos para examinar aquele objeto tão estranho. É uma peça de tamanho reduzido, retangular e achatada, de cor sombria, cuja face frontal parecia ser revestida de vidro; nas suas laterais, pequenas elevações, e na parte posterior, marcavam-se alguns círculos.
Tal é a minha curiosidade, que, sem demora, preparo-me para o dia que hei de enfrentar e saio de casa, disposto a investigar o que seria aquela estranha coisa. Ao chegar à rua, apercebo-me que as vias, antes de pedra ou terra batida, estão agora cobertas por um tapete cinzento com marcas alvas. Para além disso, aqueles edifícios, que deviam ser casas, erguem-se como gigantes, e por entre eles passam veículos estranhos, quase futuristas, bem distantes das modestas carruagens às quais estou habituado.
-Bom dia, pode esclarecer-me uma dúvida? - pergunto à primeira jovem, de cabelos coloridos, que vejo e que leva vestido um traje masculino: calças e camisa.
-Claro, diga!
-Que artefato é este que tenho nas minhas mãos?
-Um telemóvel, pois claro - diz ela confusa, fazendo o seu olhar percorrer-me dos cabelos aos pés.
- Um telemóvel! - repito - E para que serve?
-Pode contactar outras pessoas, como familiares e amigos, pode ler as notícias ou até pode passar o tempo!
-Contactar?! Então e as cartas? E os jornais? E o xadrez? – questiono, extremamente perplexo.
-Com esse dispositivo pode fazer tudo isso e muito mais de uma forma bastante mais rápida e fácil.
-Fácil, moça?
Nada me responde, assume uma feição desconfiada e encosta-se aquilo que parece ser um grande poste de ferro.
-E isso? Que poste inusitado é esse?
-Este? - diz enquanto aponta para trás - Isto é chamado de poste elétrico, serve para iluminar quando escurece, sabe?
-Não, não a percebo! Ainda ontem saí à rua e nada disto se via. - olho à minha volta, depois de perceber que ela não pretende continuar este diálogo. - Aquilo ali, como é que funciona? -digo indicando um dos vários veículos futuristas.
-É um carro, transporta pessoas e mercadoria, funciona a combustível e tem um motor, uma espécie de bomba impulsionadora…
-Continuo sem a perceber…
Antes de lhe fazer a minha próxima questão, ouço um bip-bip. De imediato, a moça, que se encontra à minha frente, retira do seu bolso um objeto, que agora sei que é um telemóvel.
-Desculpe, é apenas uma amiga minha a enviar-me uma mensagem pelo Instagram.
-Instagran!? E o que é isso de Instagran?
-É uma rede social, uma forma de, diga-se, encontro virtual. Podemos enviar tudo e mais alguma coisa a qualquer pessoa do mundo, basta termos Internet.
-Ah! E o que é isso? Uma doença grave? - afirmo e provoco-lhe o riso.
-Pois, há quem diga que sim. E para alguns sem dúvida de que o é…
-Explique-se, moça!
-A Internet é uma rede invisível que permite aceder a muitas e diferentes informações publicadas ou criadas em qualquer parte do planeta.
-Mas a moça disse que era uma doença…
-Há quem já não viva sem a Internet e isso é preocupante.
-Então a Intrenet mata?
-Não, não, nada disso! É um vício, como o álcool ou as drogas, que em exagero não fazem bem a ninguém. Por exemplo, conheço amigos que só conseguem falar com outras pessoas se for através disto - diz ela, abanando o seu telemóvel.
-Sinto que estou no futuro, com toda esta informação que me diz.
-Não seja pateta, como é que se chama?
-Luíz Vaz de Camões.
-O senhor não morreu em 1580?
Luísa Oliveira Santos, 10ºA
Escola Secundária de Barcelos


CONCURSO 24/25 - DESAFIO 2
Ser Escrito É Cool
Trabalho Selecionado do 1º Ciclo
Querida madrinha Flora,
Estou com muitas saudades tuas, desde as férias de verão que nunca mais conversamos.
Vou-te contar as novidades, o Ano Novo foi na casa da nossa prima Mariana. Como sempre estava cheia de comida deliciosa. Ela fez tarte de morango, mirtilos, quiwi e manga. Ela sabe que todos adoram essa tarte, por isso não podia faltar na ementa dos doces de Ano Novo.
Eu e o Marco estamos bem e a escola também está a correr bem. Este ano temos uma professora nova, chama-se Vânia e vive aqui na nossa freguesia. Um dia vais conhecê-la. Eu tirei muito bom na dança, finalmente consegui, acredita que me esforcei bastante. O Marco tirou muito bom no futebol e até recebeu um troféu e uma medalha de ouro, pelo menos brilha como o ouro.
Não te esqueças que temos um passeio em falta, pois não tivemos tempo no verão, falta fazer uma visita aos monumentos de Barcelos e de ir ao Castelo de Guimarães. Para o verão temos de realizar estas duas visitas.
Desejo muita saúde para todos e que tudo corra bem. Façam uma boa viagem de regresso a Portugal.
Um beijinho grande para a madrinha que eu adoro do fundo do coração e para o tio um grande abraço. Para os primos desejo muito sucesso na escola e um beijinho grande cheio de saudades.
Um beijinho com saudades de todos.
Margarida Marques, 4º ano
E.B. 1 de Paradela
Ser Escrito É Cool
Trabalho Selcionado do 2º Ciclo
Querido avô,
Sinto muitas saudades tuas que não consigo descrever, foste tu que me ensinaste tudo e viste-me crescer.
A ti te agradeço por eu ser navegador estou com pressa para voltar e parar de sentir dor.
Navegar nas águas dos oceanos é para mim uma alegria, mas para mim estar contigo causa-me muita euforia.
Combati muitas espécies que me metiam à prova, mas com todo o meu esforço descobri uma terra nova.
Vou ficar aqui mais um ano e as saudades vão bater espero que seja rápido, mas vou sobreviver.
Esta carta estou a escrever-te para dizer as saudades que sinto, mas podes contar comigo porque eu não te minto.
Do teu querido neto, Dinis.
Dinis Lopes Castanheira, 5ºB
E.B. 2,3 Abel Varzim
Ser Escrito É Cool
Trabalho Selecionado do Ensino Secundário
Cabo da Ilusão
Como
podes ser assim?
todos os olhares que me lanças,
mas nunca em mim reparas,
não te permites viver, nem sonhar,
quando o meu sonho é contigo, a meu lado, estar.
Esqueço-me que já escolheste alguém para amar,
mesmo assim, pensei que a tua mente podia mudar,
mas na verdade, só estava a sonhar,
pois nem o destino nos quis acompanhar.
Sabendo
que outros me dariam o que preciso,
não consigo escapar de ti, tão indeciso.
Tu, indiferente, não me dás o que almejo,
fico à espera, a viver do que me dás, em desejo.
Na ilusão de que, talvez, me ames um dia.
Tal como Adamastor,
eu amei te cegamente,
e tal como Tétis,
enganaste-me profundamente.
Foste a onda do meu mar,
mas não a onda que me fez curar,
mas sim a que veio para me afogar.
Onda fria que inundou o meu coração,
que antes sonhava com a salvação,
o dia em que deixaria de só amar
e passaria a paixão, sem mais solidão.
Fui barco, fui brisa fria,
fui promessa, fui furacão,
mas tu, sem nem um pouco de empatia,
foste meu Cabo da Ilusão.
O meu amor por ti era impossível,
e por isso me tornei insensível.
O amor, que antes ardia em chama,
transformou-se numa dor que inflama.
A maldição de acreditar, tão pura,
que merecia o teu amor, a doçura.
Agora, não consigo mais olhar,
nem me apaixonar, sem medo de me afogar.
O Adamastor em rochedo se tornou,
esculpido pela maldição que o destino lhe condenou
e o meu coração em ferro se transformou
forjado pela indiferença que de ti recebi,
e assim a cruel verdade compreendi.
Nasci para amar, mas não para ser amado,
entreguei o meu coração, sem nunca ser lembrado.
Jénifer Amorim, Leonor Aguiar, Sophia Gonçalves – 10ºF/FM
Escola Secundária de Barcelos

CONCURSO 24/25 - DESAFIO 1
Ser Escrito É Cool
Trabalho Selecionado do 1º Ciclo
O Menino Corajoso
Numa noite fria e escura, numa casa no Canadá, um menino tinha um sonho, ir à Lua.
O menino deitou-se na sua cama a pensar como seria divertido fazer uma viagem até à Lua.
De repente, o menino estava a navegar no Oceano Atlântico e a sua embarcação começou a afundar, estava a entrar água por todo o lado. Muito aflita a criança começou a gritar e do nada apareceu outro menino numa pequena embarcação que lhe deu uma ajuda. Tinha uma fita-cola e os dois jovens remendaram o barco.
Eles tornaram-se os melhores amigos e continuaram a viagem juntos. No meio do oceano, o Francisco contou ao seu novo amigo o seu sonho, ir à Lua. O Tomás disse ao Francisco que o melhor era construir um foguetão, só de foguetão é que ele conseguiria chegar à Lua.
Os amigos começaram a fazer o projeto para a construção do meio de transporte que os iria levar até à Lua. Com o foguetão já construído descolaram rumo à Lua.
Na Lua encontraram uma família muito simpática e um pouco diferente de extraterrestres. Os ETês mostraram a Lua aos dois amigos, viram as crateras e ficaram a saber mais sobre o único satélite natural da Terra. O Francisco e o Tomás tiraram muitas e muitas fotografias. Eles estavam mesmo muito felizes.
De repente, o Francisco acordou do seu maravilhoso sonho e sem conseguir explicar tinha uma linda fotografia lunar na sua mesinha de cabeceira.
Francisco Silva Faria, 3º B
EB 1 de Paradela
Ser Escrito É Cool
Trabalho Selcionado do 2º Ciclo
A Minha Primeira Descoberta
Há muitos anos, eu era um jovem descobridor, que utilizava o barco como meio de transporte, por isso vou contar-vos como foi a minha primeira viagem como navegador e descobridor.
Era um dia muito frio e sentia-se o cheiro a água salgada, o meu barco rasgava as ondas a grande velocidade, vendo-se os peixes a saltarem para fora da água, enquanto abandonava o meu país, de seu nome Portugal.
Enquanto eu analisava um velho mapa que o meu avô António I me havia dado, a minha tripulação tratava de manter o barco na rota certa.
Sem saber bem para onde navegar, reparei que no mapa havia umas coordenadas
assinaladas pelo meu avô com um "x", e tomei iniciativa de descobrir o que seria aquele local.
Depois de mais de dois meses a navegar, avistei ao longe aquilo que parecia ser uma ilha.
Quando cheguei à referida ilha, nem queria acreditar no que estava a ver porque tinha encontrado um verdadeiro oásis.
A ilha tinha imensa fruta, imensos animais para podermos caçar, bem como várias pedras preciosas.
Vivi com a minha tripulação na ilha, durante cerca de um ano, aproveitando tudo o que de bom a ilha me dava.
Numa manhã de calor, carreguei o barco com várias especiarias e pedras preciosas, navegando novamente para Portugal.
No velho mapa risquei o "x" e decidi escrever por cima "Ilha António I", porque foi graças a ele que me tornei navegador e consegui encontrar aquele local.
Esta foi a história da minha primeira viagem, onde me tornei oficialmente navegador e descobridor.
Dinis Lopes Castanheira, 5ºB
E.B. 2,3 Abel Varzim
Ser Escrito É Cool
Trabalho Selcionado do 3º Ciclo
O MUNDO SEM COR
Sou um aventureiro, conheço mares e montanhas, rios e desertos, mas a maior aventura que vivi foi quando entrei, levado por um fenómeno estranho que me fez viajar no espaço-tempo, num mundo muito belo, onde as pessoas eram muito cordiais e festivas. Fiquei maravilhado! como desejava que no meu mundo a vida também fosse assim. E comentei isso com a simpática família que me acolheu, e que nem tinha levantado problemas pelo facto de eu ser, talvez, estranho, pois não percebia bem o que se estava a passar ali e fazia muitas perguntas. Quando lhes contei que achava maravilhoso aquele mundo, eles
contaram-me que nem sempre tinha sido assim. E contaram-me, então, uma história fascinante.
Aquele já tinha sido um mundo sem criatividade, um mundo sem cor nem emoção, onde todos faziam o mesmo. As crianças acordavam, trabalhavam, comiam e dormiam. Os adultos acordavam, trabalhavam,
comiam e dormiam.
Até que um menino nasceu. Ele era diferente, era colorido, tinha emoções e criatividade. Os pais estranharam e levaram-no ao hospital. O médico, depois de o examinar, disse que, apesar de ter cor, não havia nada de errado nele.
O menino cresceu e, logo no seu primeiro ano na escola, sofreu bullying, o que o deixou extremamente triste, mas isso deu-lhe a ideia de mudar o mundo. Ele tinha a sensação que era o único que podia mudar o mundo.
Aos doze anos, descobriu que conseguia transformar as coisas em que tocava em algo colorido. O
menino queria mostrar o que conseguia fazer, mas ninguém o ia aceitar por isso. Então, viajou à procura de mais pessoas como ele. Demorou um ano a encontrar mais quatro pessoas, o que era suficiente para
transformar o mundo, pois cada um foi para um continente diferente. Quando todos os continentes
estavam coloridos, eles voltaram a reencontrar-se e, juntos, usaram os seus poderes para colorir também o céu.
Todas as pessoas ficaram surpresas com a cor, mas gostaram de, finalmente, terem emoções e criatividade.
Todos ficaram espantados e muito felizes.
- O limão é amarelo! - diziam todos.
- O céu é azul! - exclamavam.
- Meu Deus, o Bobby é castanho!
- A relva é verde!
- O sol é amarelo!
Todos ficaram surpresos, de boca aberta, mas felizes por poderem ver, pela primeira vez, tantas cores e não verem tudo a preto e branco, o que para nós é completamente normal, mas para eles foi uma coisa inesquecível. Naquele mês, festejaram: as crianças brincavam, os adultos conversavam alegremente. Até se criou um dia muito especial para festejar esse acontecimento e, todos os anos, nesse dia, juntava-se o
máximo de pessoas numa casa e festejavam a noite toda, recontando a história de como tudo aconteceu. E, no final, pintavam a casa com tinta colorida e ajudavam nas limpezas.
Quando, por um novo "milagre", regressei ao meu tempo, olhei para o nosso mundo com outros olhos.
Vi e revi todas as nossas paisagens, pensando o que seria se elas não tivessem cor e achei-as ainda mais bonitas. Agora, só falta é as pessoas também ficarem menos cinzentas e mais como aquelas pessoas felizes e solidárias do mundo que eu encontrei.
Afonso Carneiro, Dinis Senra, Guilherme da Silva, Pedro Caldas – 7º B
Escola Secundária de Barcelos
Ser Escrito É Cool
Trabalho Selecionado do Ensino Secundário
"Rumo ao desconhecido"
O sol estava prestes a pôr-se, iluminando a pequena aldeia em tons dourados. Eu, Maria, uma adolescente de 15 anos, observava o horizonte com os olhos a brilhar de sonhos. Desde pequenina, sempre fui fascinada pelas histórias que a minha avó me contava sobre os grandes navegadores portugueses. Vasco da Gama, Fernão de Magalhães e Luís Vaz de Camões eram os meus heróis. Enquanto as outras crianças fantasiavam sobre mundos imaginários, eu via-me a cruzar oceanos e a desbravar terras desconhecidas com coragem.
Certa tarde, após as aulas, eu e as minhas amigas, Jénifer e Sophia, decidimos seguir um caminho diferente para casa. Enquanto conversávamos, a Sophia se afastou e começou a andar em direção a uma propriedade desconhecida. Embora fosse a mais medrosa, estava determinada. Seguindo o conselho da minha avó de não deixar oportunidades escapar, decidi acompanhá-la e entrar na casa.
Eu e a Sophia entrámos, o coração a palpitar com a ansiedade do que estava por vir, enquanto a Jénifer ficou do lado de fora, atenta, a vigiar.
Inicialmente, a casa parecia apenas abandonada, mas, à medida que subíamos as escadas, o som dos degraus a ranger aumentava e o medo crescia. No topo, encontramos um escritório cheio de pó e livros velhos. Enquanto os revirámos, a Sophia esbarrou numa mesa, derrubando livros. Ao apanhar um deles, o título "Rumo ao desconhecido" chamou-me a atenção. Folheei-o e encontrei uma folha branca, mas com o aspeto de já ter sido usada. Lembrei-me de uma história da minha avó, sobre navegadores que revelavam símbolos com calor. Fizemos o mesmo e a folha revelou-se um mapa antigo, com anotações enigmáticas que indicavam uma ilha perdida. Sem hesitar, decidi embarcar nesta aventura com a Sophia e a Jénifer, e convencemos o tio da Jénifer e a sua tripulação a juntar-se a nós.
A viagem foi uma mistura de emoções. Não conseguia deixar de me perguntar o que nos aguardava na ilha. Seria um novo mundo? Um lugar perdido no tempo? Ou apenas um segredo que o oceano se recusava a revelar? Finalmente, a ilha surgiu no horizonte, e ficamos em silêncio, maravilhados. A costa estava coberta por uma floresta densa, intocada. Ao pisar a areia, senti uma energia estranha no ar, como se o lugar aguardasse para ser descoberto. Exploramos a vegetação e encontramos uma estrutura de pedras gigantes cobertas de musgo. As gravuras nas pedras eram estranhas, sugerindo que aquele lugar guardava um segredo profundo. À medida que avançávamos pela floresta, comecei a sentir uma presença estranha, algo invisível, mas que se podia sentir no ar.
As perguntas multiplicaram-se na minha mente. Quem teria estado ali antes de nós? O que se teria perdido ao longo dos séculos? Que segredos aquele lugar guardava? Mas, ao olhar para a equipa, compreendi que a verdadeira essência da exploração não está em encontrar todas as respostas, mas sim no próprio processo de descoberta. Assim como os antigos navegadores, que partiram sem saber o que encontrariam, compreendi que o verdadeiro tesouro da aventura é o caminho que trilhamos.
Enquanto observava o pôr-do-sol, senti-me transformada. O mar, antes desconhecido, agora representava um convite à descoberta interior. A busca pelo desconhecido não era só sobre novas terras, mas sobre nos encontrarmos a nós mesmos.
Leonor Brito Aguiar, Jénifer Ralha Amorim, Stefany Sofia Gonçalves - 10º F
Escola Secundária de Barcelos
Semana da Leitura na BESB - Feira do Livro
DE 03 A 11 DE MARÇO
Encontro com a Escritora Patrícia Ribeiro
Pat R na BESB
Dia 22 de Fevereiro de 2022
15ª edição do Concurso Nacional de Leitura
Fase Municipal - Inês e Diogo da ESB
Dia 18 de Fevereiro de 2022
Selección de obras del Museo del Prado para exposiciones escolares na BESB
DE 10 A 18 DE JANEIRO DE 2022
Exposição patente na BESB com obras dos "principales artistas activos en España, como Juan de Flandes, Pedro Berruguete, Luis de Morales, Correa del Vivar, Juan de Juanes, El Greco, Maíno, Ribera, Velázquez, Zurbarán, Alonso Cano, Pereda o Murillo, Luis Meléndez, los Bayeu, Paret o Goya" (fonte: Museo del Prado). Responsáveis: Sandra Rodrigues e Ângelo Carvalho. Colaboração: Ermelinda Alves e alunas do 10ºAE.
MÊS INTERNACIONAL DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES
Descobrir Caminhos para a Saúde e o Bem-Estar

OUTUBRO ROSA

